Esta minha definição de arquitetura norteia os valores de minha empresa e dos meus projetos. Ao projetar, nenhum item é mais importante que o outro, todos se somam para obtermos o melhor entre a forma e a função. Mas podemos usar a cobertura como possibilidade de tornar o lugar mais agradável e, porque não, mais sustentável, reduzindo as ilhas de calor. Elas ajudam a explorar a riqueza das formas e seus materiais auxiliam a solucionar as diversas demandas de uso dos espaços.

Em 37 anos de arquitetura, são diversas formas de coberturas utilizadas, como por exemplo, o retrofit na Sede da Friboi em São Paulo (SP), onde a praça entre os dois edifícios recebeu uma cobertura leve de aço e vidro, preservando as árvores existentes. Cada projeto tem o seu desafio. Há momentos em que a cobertura pode fazer toda a diferença de um projeto, como a da Capela Santo Antonio, em Campinas (SP). A cobertura integra a capela ao ambiente, como se fosse uma continuidade da natureza que o cerca. A cobertura é uma laje em curva ascendente, sustentada por pórticos de pilares e vigas protendidas de concreto, que vencerá um vão de 26 metros. Sobre a laje impermeabilizada será instalado um Green Roof de fácil manutenção, onde será impresso um rasgo em forma de cruz. É uma forma de unir a estética com a função, tornando a climatização do lugar mais agradável e, ainda, possibilitar a coleta de parte da água da chuva para reutilização. Acredito que valha a pena exemplificar com o projeto atual do Allianz Parque – Palmeiras. Esta cobertura é especial. Pensada com os princípios de acústica para tornar a frequência do som mais agradável em conjunto com o seu fechamento, em aço inox. Além disso, a telha tem funções térmicas importantíssimas para um local que pode abrigar até 60.000 pessoas em shows utilizando o gramado, além da utilização para jogos.
Fonte:http://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/1109/Criatividade-usando-a-tecnologia-e-respeitando-o-meio-ambiente.aspx