SAÚDE
Campanha pela Doação de Órgãos ganha força em Carazinho

Fotos Mara Steffens/O Correspondente
A doação de órgãos ainda é um assunto delicado para muitas famílias, mas necessário ser debatido para que se compreenda a importância do gesto. Dentro da 2ª Semana de Assessoramento Notarial do Colégio Notarial do Brasil, o 2ª Tabelionato de Carazinho está desenvolvendo a Campanha "Seja um Doador de Órgãos: 1 Salva 8". O objetivo é incentivar a população a declarar sua vontade de ser um doador de órgãos.
Um evento público, no Palácio do Comércio, na noite desta quarta-feira (27) foi realizado para apresentar o Convênio estabelecido entre o Colégio Notarial do RIo Grande do Sul e a Central de Transplantes do Estado.
A secretária de Saúde, Anelise Almeida, o tabelião Rafael Fritzen, e o médico neuroogista Rafael Espanhol, abordaram o tema, enfatizando a importância de as pessoas se declararem doadoras pois como sugere justamente o nome da campanha. Uma única pessoa pode salvar até oito se for doadora.
Para se declarar doador, a pessoa pode fazer gratuitamente em qualquer tabelionato de notas a Escritura Pública Declaratória, apresentando documentos pessoais como carteira de identidade ou CNH, certidão de casamento, nome e CPF dos familiares responsáveis.
Depois disso, o tabelionato fornecerá à Central Notarial de Doação de Órgãos um espelho da Escritura, com contato do familiar para autorização da doação. O documento funciona como instrumento de convencimento junto a família, de que a pessoa tinha o desejo de que seus órgãos fossem doados.
O Brasil tem um alto índice de negativa de famílias de potenciais doadores e a falta de informação sobre o tema é considerado o principal empecilho.
Somente nesta semana, quando a campanha foi intensificada, conforme Rafael Fritzen, foram oficializadas 30 escrituras. Na segunda-feira (25) o assunto foi abordado na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores e ontem (27), a comunidade foi informada na Praça Albino Hillebrand.
Depoimentos emocionados
No evento também foi possível ouvir as histórias de quem teve a vida salva graças a uma doação. A advogada Luma Eccel descobriu que precisava de um transplante de rim depois de procurar atendimento médico por causa de uma intoxicação alimentar. Hoje recuperada e levando uma vida normal, ela alertou para outra situação importante: o fato de que se discute se as pessoas estão dispostas a doar, mas que dificilmente as pessoas cogitam a possibilidade de precisar de uma doação de órgão para viver. Talvez refletindo sobre isso, seja mais fácil convencer da importância do assunto.
Jorge Santos é transplantado de fígado há 14 anos e também externou sua experiência. Desde que se recuperou, ganhando uma nova chance de viver a partir de um novo fígado, ele comemora dois aniversários por ano (o nascimento e o renascimento) e dedica a vida a conscientizar as pessoas sobre a necessidade da doação de órgãos.
Por fim, em uma rápida cerimônica, várias pessoas que já se declararam doadoras no 2ª Tabelionato de Carazinho receberam oficialmente as Escrituras.
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