GERAL
Instituto Yacamim completa 17 anos projetando mudança para o bairro Conceição

Foto Divulgação/Arquivo Yacamim
O Yacamim comemorou em 12 de agosto, 17 anos de fundação. Entidade consolidada em Carazinho como uma das grandes organizações sociais, surgiu como um projeto que pretendia ofertar a crianças e adolescentes atividades saudáveis, no contraturno escolar com o intuito de afastá-las de problemas como drogas e violência. Hoje, quase duas décadas depois, contabiliza em torno de 3 mil vidas impactadas diretamente, conforme estimativa da idealizadora, Vera Suckau.
O que mais impressiona Vera é a capacidade que o Yacamim teve de se adaptar às diversidades e às necessidades do público-alvo ao longo do tempo. Desde a fundação, passou por quatro sedes e se prepara para uma nova mudança. Deverá se transferir para o bairro Conceição, para facilitar o acesso dos menores atendidos. “Quando criamos o programa, sonhávamos com seis unidades espalhadas pela cidade e trabalhar apenas nos finais de semana, com a prevenção ao usode drogas, já que acreditávamos – e acredito ainda – já que os adolescentes não tinham muito o que fazer (e por isso recorriam aos entorpecentes)”, cita Vera.
Um ano depois da fundação, identificaram uma demanda recorrente de menores pedindo comida em frente aos restaurantes, pedido comida, algo que não foi sanado, mas que diminuiu bastante na avaliação da idealizadora. “Era um púbico que precisava de atenção, com muitas necessidades, com perdas de vida, de objetivos, bem mais do que agora. Aí começamos a atender de segunda a segunda, sem parar”, recorda.
A intenção de deixar a residência da Rua Itararé, no Bigode do Prefeito, se deve ao fato de que a grande maioria dos menores atendidos está em turno integral em suas respectivas escolas, grande parte deles, na Escola Cruzeiro do Sul Oniva de Moura Brizola e na EMEF Eulália Vargas Abuquerque – CAIC. Como o público maior está nos bairros Hípica e São Lucas, a mudança para o bairro Conceição facilitaria o acesso. “Para que nosso trabalho seja eficiente. Não adianta estarmos aqui (na Itararé) e perdermos muito tempo no transporte. Temos uma kombi e o meu carro”, reitera Vera.
O Yacamim ainda busca um imóvel naquela região para alugar. A direção tinha um prédio em mente, mas a questão financeira se torna um impasse. Outra alternativa seria verificar a possibilidade de ocupar o espaço do centro comunitário do bairro. “Esta mutação nos caracteriza mais do que qualquer outra instituição. Normalmente as demais tem sua base fixa e até uma propriedade. Nós não temos e podemos nos deslocar dependendo das necessidades da comunidade”, aponta.
Yacamim, em tupi-guarani, significa pai de todas as estrelas. Por isso, quem frequenta o instituto é chamado de “estrela”. Conforme Vera, muitos ingressam nas atividades e depois retornam como profissionais. É o caso de um dos estagiários da área de psicologia, que foi estrela e hoje é voluntário. “Ele esteve conosco quando iniciamos. É tão bom ver que conseguimos ajudar alguém que esteve em situação de risco e hoje está florescendo. É gratificante”, comemora, contanto que um café da manhã servido recentemente para as famílias foi a maneira encontrada para festejar mais um aniversário do Yacamim.