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Representantes carazinhenses dos servidores estaduais lamentam aprovação do PL do IPE Saúde

Foto Divulgação

 

Os deputados aprovaram na sessão de terça-feira (20) o Projeto de Lei do Executivo Estadual que trata da reestruturação do IPE Saúde. O assunto gera debates há algum tempo e as entidades sindicais, que representam o funcionalismo estadual são contra o projeto no formato apresentado pelo Governo. Do lado de fora do Palácio Farroupilha, centenas de pessoas protestaram contra a votação, pedindo a retirada da urgência do projetos. Os deputados entraram na Assembleia escoltados pela Brigada Militar, já que os manifestantes tentaram bloquear todos os acessos à assembleia, na tentativa de evitar a votação. 

 

Os servidores de Carazinho estiveram representados por uma comitiva. Adélia Menezes, coordenador do 37º Núcleo do CPERS, sediado em Carazinho, foi uma das lideranças que participou. "É uma afronta ao funcionalismo, eles não ouviram, mas deixamos muito clara a nossa posição. Viramos as costas e saímos. Sabemos que os deputados fizeram um acordo com o Governo", disse ela ao Correspondente. "É muito triste. Temos uma Assembleia que em sua grande maioria compactua com o Governo e colocaram em votação, mesmo colocando em risco o funcionalismo. Muitos servidores terão que optar entre comer e pagar o plano de saúde", completou. 

 

Por 36 votos a 16, o projeto de lei que muda as alíquotas de contribuição dos servidores ao IPE Saúde foi aprovado. A mudança começa a valer em outubro. Os descontos mensais sobre o salário suem de 3,1% para 3,6% e dependendo da idade, há servidores que chegarão a ter desconto de 12% nos vencimentos. O projeto também inclui cobrança por dependentes. 

 

O IPE Saúde possui cerca de 1 milhão de segurados e o déficit chega a R$ 432 milhões por ano. O Governo estima recolher com as mudanças cerca de R$ 720 milhões a mais todo ano. 

Data: 21/06/2023 - 20:12

Fonte: Mara Steffens

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