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Junho Violeta: Carazinho registra em média 12 casos de violência contra idosos por mês

Foto Divulgação

 

Junho é o mês dedicado à conscientização quanto a violência contra idosos. A campanha intitulada Junho Violeta é reconhecida pela Organização das Nações Unidas – ONU que inclusive instituiu o dia 15 de junho como o Dia Mundial dedicado a causa.

 

Desde outubro de 2022, Carazinho conta com a DPPGV- Delegacia de Proteção aos Grupos Vulneráveis, que é a delegacia responsável por apurar, entre outros, os crimes praticados contra pessoa idosa. A titular é a delegada Heladia Cazarotto. “Recebemos os boletins de ocorrência registrados e as denúncias realizadas para verificação. Percebemos que ainda há muito trabalho a ser feito, como a conscientização dos idosos sobre a questão de violência; eles devem ser informados sobre os tipos de violência, não só a agressão física, como muitos pensam, mas alertar sobre a violência psicológica e financeira, que estão bem presentes e poucas vezes são registradas”, destaca ela.

 

A média de casos registrados na DPPGV é de 12 casos por mês, além de várias denúncias que são verificadas pela polícia. Entre os registros mais comuns, conforme Heladia, estão maus tratos e violência financeira, sendo as denúncias anônimas, na maior parte, de violência psicológica e abandono. “Nesse ponto, é importante fazer uma menção aos casos de estelionatos, que são os famosos golpes praticados por pessoas que conseguem ludibriar os idosos. São corriqueiros os golpes do bilhete premiado, do falso sequestro, do empréstimo bancário e do parente com o veículo estragado, sendo que em caso de dúvidas durante uma situação, a vítima deve tentar se acalmar e conversar com familiares e amigos para que identifiquem, em conjunto, se aquela situação é verdadeira ou uma tentativa de golpe”, orienta a delegada.

 

Delegada Heladia Cazarotto (Foto O Correspondente/Arquivo)

 

 

Também é comum a violência praticada por familiares próximos, geralmente aquele que é o cuidador do idoso. Algumas situações podem acender o alerta para a possibilidade de a pessoa idosa estar sofrendo agressão. “Deve ser dada atenção quando aparecem lesões físicas inexplicáveis, como hematomas, cortes, marcas de amarras, queimaduras ou fraturas, quando houver mudança repentina no comportamento, como isolamento social, ansiedade, medo”, diz Heladia.

 

Vítimas e testemunhas de crimes desta natureza devem ser comunicar o fato à polícia, com o registro do boletim de ocorrência em qualquer delegacia. Também é possível de denunciar pelo Disque 100, serviço gratuito e anônimo. Outras possibilidades são a comunicação ao Ministério Público e ao Conselho Municipal do Idoso que acionará as autoridades competentes.

 

Data: 28/06/2023 - 11:34

Fonte: Mara Steffens

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