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Empresa de Carazinho é responsável pela reformulação Memorial Amstad em Nova Petrópolis

Alan da Cruz Mafalda (o terceiro da esquerda para a direita) com responsáveis pelo projeto (Fotos Divulgação)

 

Com 70 anos, o Prédio da Caixa Rural, em Nova Petrópolis passou recentemente por uma grande reformulação. A inauguração ocorreu há cerca de um mês e uma empresa de Carazinho participou do projeto. A Multiverso Design, Tecnologia e Marketing Digital foi a responsável por repaginar a parte museológica do Memorial Amstad, que funciona no prédio, junto com a Sicredi Pioneira e a Casa Cooperativa. 

 

O sócio proprietario, Alan da Cruz Mafalda, conta que o trabalho começou em meados de 2022. "A projeto começou em 2015, mas não teve seguimento. Mais tarde o prédio foi reavaliado, ele é muito antigo, abrigou o primeiro banco cooperado do país e então foi concretizado. Nova Petrópolis é considerada a Capital do Cooperativismo porque quem trouxe o modelo foi o padre suíço Theodor Amstad, que é o homenageado no memorial", diz ele, citando outras iniciativasde cunho cultural realizados pela Multiverso, como o Casarão Veronese, em Flores da Cunha, e o Museu para uma grande empresa do segmento de laticínios. 

 

Cerca de dez empresas de vários segmentos estiveram envolvidas. A equipe carazinhense de cerca de 8 pessoas projetou os estantes, as interações, a narrativa histórica, o fluxo, a parte visual do memorial. Tudo feito a partir do que se tinha de suporte histórico. "No meio do processo ainda conseguimos introduzir outros conteúdos. O pessoal da cooperativa viajou para a Suíça para visitar descentes do Amstad e trouxe cartas, documentos que até então nenhum historiador tinha tido acesso até então. A família ainda tinha muita coisa", relata.

 

Uma das coisas que foram introduzidas no memorial e tem chamado bastante atenção está na interatividade. A equipe da Multiverso implementou a tecnologia de sensor para que o visitante acesse os conteúdos. "Procuramos não usar a tecnologia touch (toque na tela). Colocamos sensores em que a pessoa aproxima a mão, e ela é desenhada em 3D na tela, evitando o toque direto, porque isso era uma preocupação que se tinha na pandemia", menciona. 

 

Alguns equipamentos foram importados de outros países como o Mirror Head, capaz de emitir uma projeção que anda por uma sala, por exemplo, tornando-se a uma animação. Esta tecnologia permite fazer com que o busto de Amstad, produzido em 3D, falasse para os visitantes do Museu. "A ideia era ser muito tecnológico e algo que nunca tivesse sido feito. Até os móveis foram pensados a partir deste conceito. Para isso contamos com vários profissionais. Nenhum dos móveis é reto, até os cortes na madeira eram bem diferentes. A gente pensou em como seria e um arquiteto fazia o desenho para que fosse possível ser produzido", contextualiza. 

 

 

 

Os trabalhos de revitalização do prédio começaram em 2018, com recursos da Lei de Incentivo à Cultura, por meio de parceria entre Sicredi Pioneira, Cooperativa Piá e Cooperativa Aliança. Agora, o espaço passa a ser gerido pela Casa Cooperativa Nova Petrópolis. O local retoma as origens do cooperativismo de crédito no Brasil, que tomou forma há 120 anos, na localidade de Linha Imperial (hoje Nova Petrópolis), sob liderança de Amstad. 

Data: 28/06/2023 - 15:23

Fonte: Mara Steffens

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